quarta-feira, 20 de maio de 2009

na mente

O desespero de querer ir embora pra algum lugar que não existe, longe de toda essa podridão racionalizada: essas criaturas humanas. Dos seres, o mais primitivo moralmente, rudimentar, inescrupuloso, bruto... desprezível.
Tudo incomoda fazendo cócegas dolorosas na alma. Olhando ao redor, uma dimensão materializada construída por eles, para eles - não para mim. Nada útil, nada realmente construtivo. Assim está confortável, é o que importa para vocês. O mundo parou e só você não viu. Você apenas trocou sua toga por uma gravata. O feudalismo não ficou menos primitivo, nem mais bonito, com essa máscara azul.
Talvez no silêncio, no escuro, na ausência total as coisas melhorem. Longe daqui, longe desses zumbidos gritados em alto-falantes das suas idéias iguais e vazias que tentam perfurar meu crânio, em vão - são fracas demais.
Sem ter para onde fugir dessa vida sistematizada numa máquina fabricante de incoerências hipócritas, encontro meu último refúgio na mente.

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