terça-feira, 30 de junho de 2009

Beautiful friend: the end

Eu fiz 18 anos esse ano, e eu lembro que no dia do meu aniversário eu pensei muito em muitas coisas. Eu sabia que alguma(s) coisa(s) ia(m) mudar radicalmente esse ano, porque assim tem sido desde os meus 14 anos: de um ano pra outro minha vida da um up ou um down total. Antes disso era tudo monótono, tudo igual. Eu sobrevivia, não vivia, se é que vocês [?] me entendem. Bom, e durante esses 4 anos aconteceu tanta coisa, mas TANTA COISA, que pode-se dizer que eu talvez tenha mais experiência que pessoas de 30 anos, 40, 70 ou 90. O fato é que eu dou minha cara à tapa, me jogo mesmo, arrisco mesmo, tô nem aí e o que tiver de ser, será. Eu sempre fui assim, inconsequente. E eu não estou querendo dizer que isso é bom, mas também não é ruim. Porque, apesar de raramente pensar nas consequências dos meus atos, eu sei que uma consequência todos eles terão: a experiência. E isso é tão certo quanto a morte. A morte. Cheguei onde eu quero chegar. Esse ano tive meu primeiro contato com ela. Ok, já perdi parentes velhos, mas nada que tenha me afetado, nada que me tenha dado uma experiência mesmo. Daí há 2 meses atrás eu perdi uma amiga e agora estou prestes a perder a minha cadela, que convive comigo há 11 anos. São situações bem diferentes. A minha amiga, apesar de bastante próxima, era recente a convivência. Poucos meses. E a morte dela foi repentina, me pegou de surpresa, me deu um puta choque. A sensação de que eu não a aproveitei o suficiente chega a doer quando eu lembro dela. Já a minha cadela, são 11 anos da minha vida. 11 anos de 18, isso significa muito. Muitos risos que ela me proporcionou, muitas lágrimas minhas que ela, com a língua, impedia que descesse do meu rosto, muitas brincadeiras, muitos momentos marcantes. Se ela realmente se for agora, eu não vou me sentir triste. É inegável que ela vai fazer muita falta, MUITA MESMO, nossa, nem sei descrever o quanto. Mas eu vou ficar com uma sensação boa, de que fiz a vida dela muito feliz e que aproveitei dela tudo que pude, até o último momento. Uma hora ou outra isso ia acontecer. E vai acontecer com ela, comigo, com pessoas que eu amo, enfim. Eu pensei nisso no meu aniversário de 18 anos. Eu não sei se é porque eu tenho sorte ou se é porque não levo as coisas muito a sério, mas eu acho que na minha vida toda não passei por muitas coisas realmente fodas. Passei por algumas, mas poucas. E essas poucas me pareceram o fim do mundo, pareceram que não existiria vida após aquilo e que é a pior coisa que acontece na vida de alguém, que eu sou uma injustiçada do destino e mimimimi. Pura bobagem de adolescente revoltado. Ou não tão bobagem assim. Mas enfim, o que me fez pensar é que eu sou bastante fraca, e pra piorar, sou pessimista ao extremo. Não sei resistir às coisas e não sei pensar que elas vão melhorar. Eu sou pessimista com coisas que são claramente reversíveis, é difícil, então, lidar com coisas irreversíveis, como a morte. E o que fode é saber que eu vou ter contato com a morte a minha vida inteira, por mais paradoxal que seja. Já dizia um cara acolá que a morte é a nossa melhor amiga que vem nos libertar de todas as falsidades mundanas. Pode ser que pra nós, seres racionais (eu digo os realmente racionais, não os que fingem que são), seja assim mesmo. Não é instinto suicida, isso soa meio depressivo, é apenas... deslocação. A vida que foi criada pra mim incomoda, e incomoda mais ainda não poder criar a minha própria vida porque o mundo já tá pronto desde sempre e ele não tava me esperando, nem foi feito pra eu me adaptar a ele. A morte é libertação mesmo pra quem morre, mas não pra quem vê a morte. É difícil pensar 'que bom que ela morreu e se libertou'. O ego fala um pouco mais alto nessas horas. Antes de eu nascer Deus disse: "DESCE E SEJA EGOÍSTA!", então, lidar com perdas(qualquer tipo delas), sempre vai ser difícil pra mim. Eu sei esse blablabla de que ninguém nunca disse que seria fácil. Mas pra mim é realmente muito foda. Eu não sei perder, não nasci pra isso, não me ensinaram a lidar com isso. Desde criança nunca soube perder, por mais insignificante que fosse a perda, era revoltante. Sou muito nostálgica, presa aos costumes. É clichê mas é um fato que na vida se ganha e se perde muito, e eu não tô preparada pra perder.

(...)

Ah, foi um desabafo desorganizado, atrasado e incompleto.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

whiskey, mystics and men

"Eu vou lhes contar uma história
De whisky, misticismo e homens
E sobre os crentes
E como tudo isso começou

Primeiro haviam mulheres
E crianças obedecendo à lua
Então a luz do dia trouxe sabedoria
E febre e doença muito cedo

Você pode tentar me lembrar
Ao invés do outro, você pode
Você pode ajudar a assegurar
Que nossa autoridade é insegura

Se você não quer me ouvir
Não vou tentar contar sua nova jogada
É assim, você não percebe
Que todos nós temos nosso fim na banda

E se todos os professores e pregadores
De riqueza fossem condenados
Nós poderíamos ver algum futuro
Para mim nas areias literais

E se todas a pessoas
Pudessem exigir a verificação de tal pesar
Não haveria perdão
Esquecimento, remorso fiel

Então eu lhes digo, lhes digo
Eu lhes digo, lhes digo
Que devemos mandar embora
Devemos tentar encontrar uma nova resposta
Ao invés de um caminho"